Os europeus primeiro obtiveram informações sobre beber chá dos árabes. O escritor veneziano La Marshall gravou as conversas do empresário árabe Hachi Mahemu, que envolvia o chá chinês. Os missionários que vieram para o Leste pregando foram os primeiros a ouvir sobre eles e tentar beber chá. Ao mesmo tempo, enviaram informações relevantes de volta à Europa. Com a disseminação de informações sobre o consumo de chá no Ocidente, os empresários também começaram a prestar atenção. Os portugueses primeiro trouxeram chá de volta à Europa quando se concentraram no comércio de especiarias no sudeste da Ásia. Naquela época era "uma excelente raridade e uma bebida deliciosa, mas não se tornou uma mercadoria fixa no comércio". Mais tarde, os holandeses continuaram a explorar novas mercadorias fora da concorrência, "carregando sálvia seca bem armazenada em troca de chá chinês". Mais tarde, eles "compraram chá na China ao preço de 8 pence ou 10 pence por libra", e a tendência de beber chá tornou-se cada vez mais popular nos Países Baixos.
A partir dos dados disponíveis, os britânicos começaram a entrar em contato com o chá no Oriente na primeira metade do século XVII. Pode-se ver que os britânicos mencionaram pela primeira vez chá em 27 de junho de 1615. R. Wichham, o agente da Companhia Britânica das Índias Orientais em Hirado, Japão, pediu ao agente em Macao Eaton para ajudá-lo a comprar chá na carta: "Sr. Eaton, incomode-o a me ajudar a comprar um pote de chá da mais alta qualidade (Chaw) em Macau." Desde então, os viajantes britânicos também mencionaram beber chá em seus artigos.
Depois que os britânicos tiveram contato com o chá no Oriente, o chá em si também entrou no continente britânico através dos Países Baixos. "O chá se espalhou dos Países Baixos para a França na década de 1930 e para a Inglaterra na década de 1950." Thomas Garvey, um empresário londrino, começou a vender chá em cafés em 1657. Ao mesmo tempo, o chá também entrou na farmácia como um medicamento, mas esse canal tem efeito limitado na expansão da propagação do chá. O chá era caro na época, "o preço de venda por libra não é inferior a 60 xelins", e seu impacto social precisa ser melhorado.
Enquanto o chá está lentamente se espalhando em cafés, mudanças na situação política no Reino Unido contribuíram para a disseminação do chá. Em 1660, a restauração da dinastia Stuart, Charles Stuart retornou do exílio na Europa para se tornar Carlos II, e ele se envolveu em um casamento político com a Princesa Catarina de Portugal em 1662. Portugal já havia se exposto ao consumo de chá na Europa, e Catherine pessoalmente gostava de chá, muitas vezes "bebendo em uma xícara pequena", seu hobby logo se tornou popular na corte. Em 1685, após a morte de Carlos II, Tiago II assumiu o trono. Em 1688, uma gloriosa revolução ocorreu, e Guilherme e Maria dos Países Baixos governaram juntos. Como beber chá é mais popular nos Países Baixos, Mary também adora beber chá e muitas vezes faz festas de chá ao estilo chinês no palácio. O estilo da corte sempre foi invejado pela aristocracia britânica, por isso beber chá também foi seguido pela nobreza. Como resultado, o chá de beber tem se espalhado gradualmente entre as classes mais altas da sociedade britânica.
A classe alta da sociedade sempre foi imitada por outras classes. Depois de entrar no século XVIII, a classe média também começou a tentar. "Beber chá tornou-se tão comum que não precisa mais ser introduzido." A classe baixa da sociedade também foi afetada. Neste momento, "o café da manhã dos criados da cidade de Londres é basicamente pão e manteiga, e depois misturar com chá de leite", mas ainda é tempo para a classe baixa da sociedade beber chá. Na segunda metade do século XVIII, as importações de chá da British East India Company dispararam, com 2.324.912 libras de chá compradas em 1750, e aumentaram para 6.831.534 libras em 1774. O desenvolvimento do comércio de chá fez com que seus preços caíssem significativamente, o que criou condições para a verdadeira popularidade do consumo de chá entre as classes mais baixas da sociedade. Um estudo sobre os gastos domésticos dos trabalhadores agrícolas comuns no final do século XVIII mostrou que o chá tem sido classificado como consumo básico. Pode-se dizer que no final do século XVIII, a bebida de chá foi popularizada em todos os estratos sociais, e a Grã-Bretanha realmente se tornou uma nação onde todas as pessoas bebem chá.